Homem fica dez meses preso por erro de identificação e é solto em Pernambuco | SPE 360

Foto: Crysli Viana/DP Foto.

Anderson Gabriel da Silva, de 25 anos, foi solto na terça-feira (07) após passar dez meses injustamente detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Ele havia sido confundido com outra pessoa envolvida em um homicídio em Goiana, na Zona da Mata Norte, e só teve a situação esclarecida graças à atuação da Defensoria Pública do Estado (DPPE).

De acordo com a Defensoria, a prisão ocorreu após uma testemunha reconhecer o suspeito por fotografia. Durante as investigações, a Polícia Civil associou os dados do verdadeiro autor do crime aos documentos de Anderson, que sempre alegou sua inocência.

O equívoco se deu porque o criminoso real possuía o mesmo nome completo e o mesmo nome da mãe, o que levou à confusão das autoridades.

Durante o período de detenção, Anderson manteve que não tinha qualquer relação com o crime e desconhecia as pessoas envolvidas. A Defensoria comprovou a duplicidade de identidade por meio de documentos, assinaturas e registros fotográficos, garantindo a sua libertação.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reconheceu o engano e determinou a soltura imediata do jovem. Agora, Anderson pretende buscar reparação por danos morais e materiais decorrentes da prisão indevida.

A Defensoria destacou que o caso reforça a importância de verificações rigorosas na identificação civil durante investigações criminais e reafirmou seu compromisso em proteger os direitos de pessoas afetadas por erros judiciais.