Quando os padrões permanecem: Santa 2020, Náutico 2025 | SPE 360

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Wellington Barbosa - Em 2020, o Santa Cruz viveu um cenário semelhante ao que o Náutico enfrenta em 2025. Lembro bem daquele Santa de 2020: um time que, após algumas trocas, parecia competitivo, mas que acompanhei apenas de forma parcial — estávamos no meio da pandemia de Covid-19 e eu tinha outras questões a resolver. Mesmo assim, até eu, que não seguia o futebol tão de perto, parei para olhar quando tudo parou.

O meu “Velho Amigo”, o Santa Cruz Futebol Clube, voltou para a minha vida. No fim, eu sempre volto ao que amo. Sem o Santa Cruz, fica uma sensação de falta.

Não consegui acompanhar a campanha forte na fase regular; já no quadrangular, inovação daquele ano, mantida até hoje. Estive mais presente e vi o time cair na fase qualificatória, justamente a etapa decisiva do regulamento.

Na teoria, parecia que seria um ótimo ano para o Santa Cruz. Na prática, porém, um clube de massa carrega contradições internas muito maiores do que imaginamos. E não há como esconder isso: o dinheiro não aceita maquiagem, nem “políticas arquivadas”.

O Santa Cruz, de certo modo, revela a nossa curiosidade teimosa: há algo de encantador em acompanhá-lo, mesmo quando as dores se repetem. A realidade de hoje é outra, embora certos padrões insistam em permanecer.

Agora, falando do Náutico: o clube atravessa algo parecido com o que o Santa viveu em 2020 — contextos distintos, sintomas parecidos. Mudam os protagonistas; mantêm-se as lógicas: expectativas altas, pressões internas, testes de gestão e o peso de uma torcida que empurra e cobra. Em resumo, os cenários mudam, mas os padrões permanecem